quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ideias - tradução
O futuro da educação superior será online?*


Nathan Heller

Gregory Nagy, um professor de literatura grega clássica na Universidade de Harvard, é o típico acadêmico cortês que, perguntado sobre o futuro, vai começar a falar de Homero e de batalhas de um passado distante. Aos setenta anos, ele tem os olhos de uma coruja, um queimado nariz húngaro, e uma tendência a gesticular largamente com as palmas das mãos. Ele veste uma camisa branca e blazer escuro que substituíram o tweed como o traje da casta acadêmica. Seu cabelo, também branco, muitas vezes parece maltratado pelo vento de Boston. Enquanto alguns acadêmicos possuem um estilo sentencioso, Nagy estrutura suas longas frases com finas camadas de exposição. (“Há cerca de dez trechos e por trechos eu simplesmente quero dizer um texto selecionado, e esses trechos são destinados à leitura atenta, e às vezes eu vou estar me referindo a esses trechos como textos, ou passagens de foco, mas você sabe que eu quero dizer a mesma coisa e cada um deles requer leitura atenta!”) Quando ele fala fora da sala de aula, ele sufoca amigos e alunos com uma mistura de lisonja e louvor. “Obrigado, Adorável Kevin”, ele poderia dizer. Ou: “A Grande Claudia coloca isso tão bem”. Visto de um modo simples, ele poderia ser tomado por um proprietário de um antiquário: um homem tanto cheio do entusiasmo solícito quanto preocupado pelos clientes estarem ficando, talvez, um pouco perto demais de sua premiada cadeira Louis XVI.

Nagy não publicou nenhum best-seller. Ele não é um rosto constante na TV. Desde 1978, entretanto, ele tem ministrado um curso chamado “Conceitos de Herói na Civilização Grega Clássica”, e o curso, uma investigação da poesia, tragédia e diálogos platônicos, fez dele uma figura do campus. Uma vez que o entusiasmo de Nagy pelos textos homéricos é ilimitado, suas aulas refletem décadas de refinamento, e porque o curso é pensado para oferecer uma curva cumulativa suave (seu apelido no campus é Heróis para Zeróis), ele tem comumente enchido a sala 105, no Auditório Emerson, uma das maiores salas de aula de Harvard. As matrículas chegam regularmente às centenas.

Nesta primavera, porém, as matrículas no curso de Nagy excenderam as 31 mil. “Conceitos de Herói”, renomeado “CB22x: O Antigo Herói Grego”, é um dos primeiros cursos massivos abertos online (massive open online courses), ou MOOCs – um novo tipo de aula de graduação baseada em palestras em vídeo. Um MOOC é “massivo” porque é planejado para a inscrição de dezenas de milhares de estudantes. É “aberto”, porque, na teoria, qualquer um com conexão à internet pode se inscrever. “Online” se refere não apenas ao modo de transmissão, mas ao estilo de comunicação: muito, se não tudo, será via web. E “curso”, é claro, significa que uma avaliação está envolvida – tarefas, provas e uma certificação conclusiva. Quando você faz um MOOC, deve manter um ritmo. Seu trabalho recebe avaliação regular. No final, será aprovado ou não, ou, como a grande maioria dos inscritos, pode simplesmente deixar de acompanhar.

Muitos acreditam que os MOOCs são o futuro da educação superior. Harvard, MIT, Caltech e a Universidade do Texas investiram milhares de dólares em MOOCs
Muitas pessoas acreditam que os MOOCs são o futuro da educação superior na América. Nos últimos dois anos, Harvard, MIT, Caltech e a Universidade do Texas investiram juntas dezenas de milhares de dólares para o desenvolvimento dos MOOCs. Muitas outras universidades de elite, de Berkeley a Princeton, embarcaram. A meta declarada é a democratização. “Espero que haja um monte de cursos gratuitos, ou quase de graça, disponíveis”, explicou o presidente de Stanford num recente editorial. “Embora o padrão-ouro de pequenas classes dirigidas por numerosos instrutores permaneça, os cursos online vêm se mostrando um efetivo ambiente de aprendizagem, especialmente em comparação com grandes cursos no estilo de palestras.”

Alguns legisladores, porém, veem os MOOCs como uma solução para a superlotação; na Califórnia, um projeto lei do Senado, apresentado neste inverno, obriga as faculdades públicas estaduais a creditar os aprovados em cursos online. (Oitenta e cinco por cento das faculdades comunitárias têm atualmente listas de espera nos cursos.) Após um teste na Universidade de San José, que alcançou números de aprovação maiores que o normal, onze faculdades do sistema da Universidade Estadual da Califórnia passaram a incorporar MOOCs em seus currículos. Além de ter seus próprios professores ensinando, digamos, engenharia elétrica, estas faculdades usam vídeos de instituições como o MIT.

Porém, os MOOCs são controversos, e o debate tem crescido amplamente nas últimas semanas. Em meados de abril, a Faculdade de Amherst votou contra aderir a um programa MOOC. Duas semanas atrás, o departamento de filosofia da San José State escreveu uma carta aberta de protesto para Michael J. Sandel, professor de Harvard cujo curso carro-chefe, Justiça, tornou-se JustiçaX, um MOOC, esta primavera. “Não há nenhum problema pedagógico em nosso departamento que JustiçaX resolva”, diz a carta. Os filósofos preocupam-se que o curso poderia fazer com que o professor de sala de aula não fosse nada além de um “glorificado professor assistente”. Eles escreveram: “Pensar que exatamente o mesmo curso sobre justiça estaria sendo ensinado em vários departamentos de filosofia ao redor do país é francamente assustador”.

Nagy experimentou aperfeiçoamentos online em seu curso por anos. Quando ele começou a planejar seu MOOC, sua ideia era dividir suas palestras em vinte e quatro lições de menos de uma hora cada. Ele dividiu cada lição em segmentos menores, porque as pessoas não assistem uma hora de discussão longa em suas telas como se elas estivessem numa palestra. (Elas se distraem.) Ele pensou sobre cada segmento como um filme curto, e tentou planejar como dramatizar a instrução. Ele diz que fracionar o curso dessa forma o obrigou a estudar seu próprio ensino mais do que quando estava no púlpito.

“Eu tive essa real revelação – eu não estou dizendo ‘epifania’, pois as pessoas usam de modo errado essa palavra, porque epifania deve ser quando uma personalidade miraculosa super-humana aparece, por isso é apenas uma revelação, e não uma epifania – e eu pensei, Meu Deus, Greg, você está sendo sugado pelo sistema!”, ele diz. Em Harvard os grandes cursos por palestras são geralmente ensinados com a ajuda de estudantes pós-graduados, que conduzem sessões de discussões e trabalhos de classe. Nada disso é possível nas escalas massivas. Em vez disso, os participantes no CB22x envolvem-se em fóruns de discussões online (como quadros de mensagem). Eles anotam o material com respostas (como no Google Docs). Em vez de escrever papers, eles fazem uma série de testes de múltipla escolha. As leituras para o curso estão disponíveis online, porém os estudantes tradicionais que preferem uma cópia em papel podem comprar um livro-texto de setecentos e vinte e sete páginas que Nagy acabou de publicar, “O Herói da Grécia Antiga em 24 horas”.

As palestras podem parecer um empreendimento rotineiro, mesmo no seu melhor – tanto que se pergunta por que o sistema tem sobrevivido por tanto tempo. Atores, músicos e mesmo comediantes de standup gravam suas melhores apresentação para a transmissão e a posteridade. Por que os professores universitários não poderiam fazem a mesma coisa? Vladimir Nabokov, um homem tão desconfortável com extemporaneidade como ele ficou apaixonado pelo registro público, tendo sugerido que suas aulas na Cornell fossem gravadas e transmitidas, liberando-o para outras atividades. A base para uma educação de confiança, ao que parece, é o controle de qualidade, não a circunstância; certamente não é uma reflexão nova que o ensino eficaz transcende o tempo e o espaço. Cursos por correspondência surgiram no século XIX. A rádio educativa apareceu nos anos vinte e nos trinta. A Open University do Reino Unido, que usou a televisão para transmitir aulas para os alunos, teve seus primeiros alunos matriculados em 1971.

A internet foi o próximo passo natural. A Universidade de Phoenix, por anos a mais forte na educação online com fins lucrativos, incorporou um suporte de ligação modem-up ao seu programa de ensino a distância, em 1989, e os planos para o ensino superior com base na internet tomaram forma mais ampla na década de noventa. Nesse momento, a tecnologia era incerta, e o público também. Os primeiro esforços, como a da Universidade de Western Governors – uma faculdade online fundada em 1996 –, viram a web do mesmo modo como os nova-iorquinos enxergam a Ilha Roosevelt: um lugar inexplorado, acessível com um grande potencial, se as pessoas a entendessem um pouco melhor. No novo milênio, Harvard iniciou um programa chamado Harvard@Home, inicialmente disponível apenas para ex-alunos. Poucas pessoas o viram, porém, e Harvard eliminou o programa em 2008.

Os defensores dos MOOCs dizem que eles são tentativas diferentes e mais substanciosas de educação online
Os defensores dos MOOCs dizem que eles são tentativas diferentes e mais substanciosas. Mais do que transmitir as aula de um professor pelo éter, para serem assistidas ou não, os MOOCs são projetados para garantir que os alunos os acompanhem, distribuindo tarefas de discussão e compreensão. E os cursos devem ter valores de produção adequados, mais “Nova” do que “NewsHour”. Alan Garber, reitor de Harvard e forte defensor da educação online, disse-me: “No longo prazo, vejo os cursos online ou com componentes online tornarem-se generalizados. Os instrutores em um seminário ou pequeno curso podem obter materiais modulares de múltiplas fontes e rearranjá-los a fim de montar um curso inteiro”.

Os MOOCs também são pensados para oferecer oportunidades de negócios atraentes. No ano passado, dois grandes produtores de Mooc, Coursera e Udacity, foram criados como empresas com fins lucrativos. Hoje, em meio a uma constelação crescente de provedores de educação online, eles agem como intermediários, distribuindo cursos universitários e oferecendo-os para os alunos e outras faculdades. O Coursera, um braço de Stanford, que é atualmente o maior produtor de MOOC, atende turmas da Brown, do Caltech, Princeton, Stanford, e de outras sessenta e cinco faculdades; o Udacity, também fruto de Palo Alto, concentra-se em tecnologia e ciência. Em maio passado, com adiantamentos individuais de trinta milhões de dólares, Harvard e o MIT conjuntamente criaram a edX, uma empresa de MOOC sem fins lucrativos que trabalha com uma dúzia de faculdades e universidades, incluindo U.C. Berkeley e Rice. A edX é organizada como uma confederação, com cada instituição participante mantendo o controle sobre a sua produção de MOOCs; a linha de Harvard é chamada HarvardX. “Esta é a nossa chance para realmente ter a posse disso”, disse-me Rob Lue, professor de biologia molecular e celular, que lidera o programa.

Por décadas, a elite de educadores esteve preocupada com a “razão entre professores e alunos”: as melhores salas de aula eram aquelas onde todo mundo era conhecido pelo nome. Agora, as faculdades de elite são redes de transmissão. Novos problemas aparecem. Como promover uma discussão significativa numa classe contendo dezenas de milhares. Como você desenvolve o trabalho? A resposta de Nagy – testes de múltipla escolha, fóruns de discussão, anotação – é algo como o padrão usual, embora haja um bocado de debate. Num extremo, a edX tem desenvolvido uma ferramenta de software para o computador avaliar ensaios, de modo que os estudantes possam revisar imediatamente o seu trabalho, para o uso das faculdades que desejem isso. Harvard não deve ser uma dessas faculdades. “Fico preocupado com abordagens eletrônicas de avaliação da escrita”, contou-me recentemente Drew Gilpin Faust, a presidente da universidade e ex-professora de história. “Creio que elas são insuficientemente equipadas para perceber a ironia, a elegância e... Não sei como você consegue que o computador apreenda alguma coisa lá que ele não tenha sido programado para ver.”

Ela explicou: “Parte do que nós necessitamos descobrir como professores e como alunos é: onde a intimidade do face a face tem um impacto mais poderoso?”. Ela falou sobre um MOOC, a ser lançado no próximo ano letivo, chamado “Ciência e Culinária”. Ele ensina química e física por meio da cozinha. “Em minha mente eu tenho apenas a visão das pessoas, em todo o mundo, cozinhando juntas”, ela disse. “É uma espécie de camaradagem.”

Nos campi, agora, o ideal pedagógico é a “sala de aula invertida” – um modelo em que os professores indicam antes qual o tipo de material de estudo é necessário
Nos campi, agora, o ideal pedagógico é a “sala de aula invertida” – um modelo em que os professores indicam antes qual o tipo de material de estudo é necessário, como lição de casa, e usam o tempo em sala de aula para a aprendizagem interativa entre pares. “Os estudantes, se tudo o que você dará é uma palestra para eles, não veem nenhuma razão em aparecer na palestra”, contou-me Harry R. Lewis, um ex-reitor da Faculdade de Harvard, que ensina ciência da computação. “A maioria de nossas aulas são gravadas em vídeo, de modo que eles assistem à gravação se sua aula é ensinada antes das onze horas.”

Certa manhã em março, visitei uma reunião do que Nagy chama de sua equipe de produção de “trabalho insano” de MOOC. O cronograma estava pressionando: na manhã seguinte, o CB22x entraria no ar, e os vídeos para a primeira aula ainda não estavam prontos. Natasha Bershadsky, a principal editora de vídeo do curso, olha constantemente o relógio. Ela não é, por vocação, uma editora web: ela defendeu recentemente sua dissertação em história grega, na Universidade de Chicago. Para o CB22x, ela foi treinada em técnica de edição por Marlon Kuzmick, um professor de “digital storytelling”, que serve como guru de vídeo dos MOOCs de Harvard. Nagy refere-se a Kuzmick como “nosso diretor alemão”, embora Kuzmick seja canadense. Nagy gosta de imaginá-lo como Fritz Lang em “Desprezo” [NT: filme de Jean-Luc Godard, de 1963, em que o diretor Fritz Lang faz uma participação como ele mesmo], filmando a Odisseia.

“Marlon autorizou uma das câmeras de sua equipe para ir comigo à Grécia nas férias”, contou Nagy aquela manhã, deslocando os olhos alegremente ao redor da mesa. “Essa é uma ideia nova.”

“Foi muito difícil convencê-la a fazer isso”, Kuzmick disse secamente.

“São cinco dias de tempo de contato”, Nagy continuou. “Você pode imaginar Delfos, onde quase sempre tem aquele tipo certo de neblina – e você pensa naquela cena quando Pátroclo morre, quando Apolo aparece em uma nuvem de névoa e, em seguida, esmaga o herói com as palmas de sua mão, essa é a cena que o meu antigo professor de Harvard, Cedric Whitman, disse que era o momento de terror definitivo, o terror sagrado, em toda a literatura – e em Delfos você pode ver uma névoa desse tipo!”

Kuzmick disse: “Creio que nós estamos apenas tentando capturar momentos que pareçam reais, que pareçam autênticos”.

Bershadsky mostrou um trecho de vídeo que ela tinha ficado editando na noite passada – uma parte da lição da aula online, ilustrando um conceito que Nagy iria utilizar ao longo do curso. O trecho iniciava com uma tomada do rosto de Nagy falando sobre o filme, de 1982, “Blade Runner”. Sua apresentação era intercalada com um trecho sem som mostrando o monólogo mortal, na tempestade, de Roy Barth, o replicante antagonista do filme.

“Eu vi coisas que seu povo não iria acreditar”, Roy diz no filme. “Naves de ataque queimando no ombro de Orion. Vi raios C brilharem na escuridão no Portal de Tannhäuser. Todos esses momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.”

Nagy diz as palavras cruciais e começa a destrinchar. “As lágrimas na chuva são uma forma de comparar o microcosmo do eu e o macrocosmo da chuva que envolve a cena inteira”, ele explicou. “‘Hora de morrer’ – para mim, um bom ponto de comparação é a palavra hôrâ, que significa o tempo certo, o lugar certo, e a estação certa, o belo tempo. Onde todas as coisas estão juntas.”

A palavra hôrâ parecia flutuar no ar que envolvia Nagy.

“Aí está o subtítulo”, ele gritou animadamente do outro lado da mesa.

Na palestra web, Nagy fala sobre a cena da Ilíada em que Aquiles conhece seu destino bifurcado. “Você tem duas opções, Aquiles. Numa você fica em Tróia e luta, e então morre jovem, e assim alcança a glória que é imperecível. Ou você vai para casa. E então você não morre jovem. Você irá, presumivelmente, viver até a idade madura, e poderá até ser feliz. Porém você não obterá a glória. E esta glória – eu use a palavra ‘glória’ para traduzir kleos – é não apenas glória. Esta é a gloria de ser caracterizado em meio à poesia homérica.”

A lição foi um dos dez curtos segmentos compondo a primeira hora do curso de Nagy. Seguindo a sabedoria padrão dos MOOC, cada pequeno fragmento da palestra aborda um único tema e era filmado com a maior variedade visual possível. Nagy disse que ele queria evitar o “The Greg Show”, no qual os estudantes vissem apenas sua cabeça falante. Quando apresentava o dilema da kleos de Aquiles, por exemplo, ele estava sentado numa mesa com dois membros de sua equipe de “trabalho insano” Claudia Filos e Jeff Emanuel, ambos agindo como estudantes. Eles acenaram enquanto ele falava. Então, Filos disse:
FILOS: Então este pequeno trecho, na verdade, tem muito a nos ensinar sobre toda a tradição épica.
NAGY: De certa forma, é uma micronarrativa de toda a Ilíada, Claudia. Eu não poderia estar mais de acordo.
Pouco depois, Nagy lê para mim algumas questões que a equipe tinha produzido para o primeiro teste de múltipla escolha do CB22x: “‘Qual é o desejo de Zeus? Ela diz: a) Mandar as almas dos heróis para o Hades’” – Nagy agitou-se numa gargalhada – “‘b) Para causar a Ilíada’ e ‘c) Para provocar a Guerra de Tróia’. Adoro essa. A melhor resposta é ‘b) Para causar a Ilíada’ – o desejo de Zeus envolve a íntegra do poema até o seu fim, ou telos”.

Ele continuou: “E então – este é o lugar onde as pessoas realmente leem no texto! – ‘Por que Aquiles ausenta-se da guerra em seu abrigo?’ Porque ‘a) Ele estava com os sentimentos feridos’, ‘b) Ele está com raiva de Agamenon’, e ‘c) A deusa aconselhou-o a fazer isso’. Ninguém vai conseguir essa”.

A resposta é c). Na aula de “tijolo e cimento” de Nagy, os alunos escrevem redações. Mas as questões de múltipla escolha são quase tão boas quanto os ensaios, Nagy disse, porque verificam pontualmente a compreensão do texto mais profunda dos alunos. O mecanismo de testes online, explica a resposta certa quando os estudantes erram uma questão. E isso permite-lhes ver o raciocínio por trás da escolha correta quando eles estão certos. “Mesmo em um teste de múltipla escolha ou de um sim-e-não, você pode realmente induzir os alunos a ler o texto, e não a partir do texto”, explicou Nagy. Pensando sobre este processo o ajudar a redesenhar o curso em sala de aula, ele acrescentou: “A nossa ambição, na verdade, é tornar a experiência de Harvard agora mais próxima da experiência do MOOC”.

Continua



*Original: Has the future of college moved online? by Nathan Heller - THE NEW YORKER (May 20, 2013)
Imagem: OpenSource Way (Jessica Duensing).
Tradução: Richard Romancini e Patrícia Horta Alves
Trabalho sem fins comerciais
Nonprofit work

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