domingo, 11 de maio de 2014

Moocs: será que esse tipo de educação funciona?


Revista Galileu

William Palmieri, Guilherme Amaral, Gabriel Aguado, Bruno Araújo dos Santos e Artur André não são gênios. Mas foram os únicos, dentre 15 mil estudantes, a passar na prova final e receber o certificado de uma disciplina da USP em fevereiro. Não era seleção para astronauta, e sim aulas de física básica no primeiro curso aberto e massivo on-line (Mooc, na sigla em inglês) conduzido por uma universidade da América Latina. A taxa de aprovação baixíssima da iniciativa brasileira, no entanto, está longe de ser ponto fora da curva. Uma série de levantamentos recentes apontam que apenas 5% dos alunos conseguem certificado nessa modalidade de ensino, o que levanta uma questão importante. Será que esse tipo de curso, tão alardeado como jeito revolucionário de democratizar a educação, funciona?

No caso da iniciativa brasileira, houve problemas específicos. A prova final tinha de ser feita em uma única data e na capital paulista, o que afastou os estudantes: apenas dez deles apareceram para a avaliação. Só que isso não é justificativa para que, antes da prova, apenas 10% dos alunos tenha chegado ao fim das aulas.

Para os alunos que receberam certificados, não foi a dificuldade que deixou os colegas pelo caminho. Para o professor, tampouco foi o conteúdo. “Acredito que as aulas até ficaram melhores do que as presenciais. Dei mais detalhes, curiosidades, pensei em despertar o interesse de mais gente”, diz Vanderlei Bagnato, responsável pelo curso. O motivo da evasão é uma incógnita não apenas para a USP, mas para a imensa maioria das universidades mundiais envolvidas com os Moocs. Especialistas começam agora a sugerir que o problema pode estar no próprio formato.

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