sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cinema Educativo


Cláudia Mogadouro

Quando se fala em cinema educativo ou rádio educativa, nos vem a ideia de algo bem feito, necessário, informativo, mas entediante, não prazeroso. Muitas vezes ligamos a TV para espairecer e o nosso desejo não é ver algo educativo, mas um programa gostoso, divertido.

Por que será que, em nosso imaginário, os programas educativos têm essa conotação um pouco chata, como aquela tarefa escolar que estamos sempre a adiar?

Em primeiro lugar, nossa educação formal foi constituída pelos jesuítas que deixaram uma herança forte, cujas marcas são facilmente identificáveis até hoje. Disciplina militar, castigos, aprendizagem por meio da repetição oral do texto escrito ou decorado, práticas que têm sua origem no “Ratio Studiorum”, conjunto de regras pedagógicas da educação jesuítica, formulado no finalzinho do século XVI. Outro sentimento herdado é que a educação é sacrifício, é sofrimento.

No final do século XIX, as ideias iluministas (enciclopedistas) e positivistas também influenciaram a formação de educadores no Brasil, valorizando o ensino de cunho prático e cientificista. Seguindo a cultura europeia, a cultura escolar aqui se construiria sempre apoiada no texto escrito e valorizando as especializações, origem da grade curricular que conhecemos até hoje.

Outra corrente que ganhou força no século XX foi a Pedagogia Nova, que se baseava em experiências europeias e americanas, sendo que o principal filósofo dessa vertente é o professor universitário norte-americano John Dewey (1859-1952) que defendia, entre outras coisas, que o interesse e a motivação eram condições básicas para que ocorresse o processo educativo.

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Foto: Flickr/Debbie Ramone (CC BY-SA 2.0)

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