quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Cinema de Disney e a parceria Pixar


Cláudia Mogadouro

No artigo O cinema de Disney vimos a importância de Walt Disney no mundo da animação. Além da qualidade, é inegável que a difusão do imaginário Disney tomou conta do mundo. A estética de seus desenhos passou a ser a referência maior para espectadores de todas as idades. Mas não se pode dizer que Walt Disney foi unanimidade. Entre educadores, as principais críticas, especialmente na década de 1970, dizem respeito à política de domínio cultural dos EUA sobre países subdesenvolvidos, especialmente os latino-americanos. O livro Para Ler o Pato Donald, publicado no Chile, em 1971, por Armand Mattelart e Ariel Dorfman, tornou-se um clássico da denúncia do imperialismo norte-americano, a partir dos personagens de Disney. E, por mais que esse livro hoje tenha perdido a atualidade, ele evidencia o mercado que essa indústria cultural manipula ao lançar, junto com os filmes, mochilas, álbuns de figurinhas e toda sorte de produtos infantis com os personagens dos filmes.

A ideologia capitalista presente nos filmes de animação dos estúdios Disney tem a mesma lógica dos filmes de Western ou dos Musicais que, apesar da qualidade artística indiscutível, impuseram-se por meio do poderio econômico sobre toda a cinematografia mundial, o que nos passa a ideia de que cinema é sinônimo de Hollywood e de que animação é sinônimo de Disney. Mesmo nos Estados Unidos a Disney se impõe também sobre concorrentes como os estúdios Blue Sky (A Era do Gelo, Robôs, Rio, Reino Escondido, entre outros) e DreamWorks (Shrek, A Fuga das Galinhas, Kung Fu Panda, Turbo, entre outros), cujo sucesso não é tão regular como foram os sucessos da Disney.

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