quinta-feira, 22 de agosto de 2013

As críticas aos Moocs


Richard Romancini

Em artigo anterior, foram destacadas dimensões que parecem justificar o desenvolvimento dos cursos massivos abertos online (Moocs), no contexto dos EUA. Agora, é interessante mencionar as principais críticas que o formato recebe.

É possível dividir as críticas e questionamentos aos Moocs em dois grandes grupos, um que enfoca menos os cursos em si e mais a sua comparação com o ensino presencial, destacando o que podemos chamar de “externalidades” relacionadas com a formação e seus desdobramentos no sistema de ensino superior. Neste conjunto, podem ser destacados os seguintes pontos:
  • A qualidade diferenciada do ensino presencial na educação superior, capaz de proporcionar uma experiência significativa e prover os alunos de contatos e relações úteis em suas vidas;
  • A possível massificação e perda da diversidade cultural e educativa no ensino superior, a partir de uma ampla disseminação de Moocs;
  • A transformação da educação em “commodity”, com ênfase excessiva na quantidade e não na qualidade dos processos, ao que se associa um discurso fortemente ancorado no marketing educativo, por parte das instituições que promovem os cursos online.
O outro conjunto de argumentos críticos relaciona-se ao potencial intrínseco e às estratégias pedagógicas dos Moocs, e pode ser expresso em questões como:
  • O modelo pedagógico dos cursos;
  • A avaliação, o acompanhamento dos estudantes e as estratégias didáticas de maneira geral;
  • A maior dificuldade de planejamento dos cursos de humanas no formato Mooc;
  • O nível de exigência e a qualidade, aparentemente muito variável, dos cursos;
  • O potencial econômico e as questões de direitos autorais quanto aos Moocs.
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Imagem: opensourceway.

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