sexta-feira, 13 de junho de 2014
Repensando os MOOCs a partir da comunicação
Richard Romancini
Recente artigo da revista Slate apresenta o caso do estudante da Mongólia Battushig Myanganbayar, de apenas dezessete anos. Ele realizou com sucesso o primeiro curso massivo aberto online (MOOC) do MIT e acabou sendo contratado pela empresa que produz cursos para a internet edX. O interesse deste consórcio do MIT e da Universidade de Harvard era obter a visão dos estudantes, em particular daqueles que ainda não fizeram o ensino superior. A maioria dos concluintes dos MOOCs, contrariando as expectativas, já possui grau universitário.
A matéria traz uma série de dados interessantes sobre os percursos de aprendizagem deste estudante. Um deles relaciona-se a uma questão que inquietava os profissionais da edX: como Myanganbayar conseguiu realizar um curso avançado de circuitos e eletrônica não tendo a priori os pré-requisitos solicitados (entre eles, o conhecimento de equações diferenciais)? Ele explicou ter usado um quarto do tempo do curso buscando informações em outros espaços da internet para suprir suas lacunas de aprendizagem.
Isto reforça o quanto a web pode ser um espaço importante de aprendizado para que indivíduos altamente motivados aprendam de maneira autônoma. No entanto, as estratégias de Myanganbayar apontam para outra dimensão do aprendizado online, menos solitária, dependente dos conteúdos, e mais relacionada às interações.
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