quinta-feira, 14 de novembro de 2013

EAD e formação de professores


Richard Romancini

Comentei no texto anterior que é provável que os cursos massivos online (os MOOCs) tenham baixa aderência à realidade brasileira. No entanto, uma dimensão da educação online que pode se tornar expressiva no ensino superior local é a que se associa à educação a distância (EAD). Por sorte, o MEC divulgou há pouco (como uma reportagem que o NET Educação divulgou) os primeiros resultados do Censo da Educação Superior 2012.

A partir dos dados divulgados, é possível constatar que além do crescimento contínuo da EAD de maneira geral, esta modalidade tem adquirido relevância na formação de professores. A discussão é favorecida por análise temporal mais alargada, que permita visualizar possíveis tendências. Por isso, as tabelas e gráficos mostrados a seguir cobrem o decênio 2003-2012.

Até 2009, os cursos de dupla saída (bacharelado e licenciatura) estavam agrupados numa única categoria, o que prejudica um pouco as comparações. No entanto, é possível perceber que em termos das tendências gerais, o que se percebe é o crescimento contínuo nos números de acesso e conclusão ao ensino superior no Brasil (como mostram as tabelas 1, 2 e 3, elaboradas a partir dos dados do Censo da Educação).

O crescimento entre os que finalizam os cursos foi de 97,4%, no decênio, alcançando 1.050,4 mil formados em 2012. E as matrículas deste ano (7.037,7 mil) são superiores às de 2003 em 78,8%. Chama a atenção o crescimento, bem acima da média, dos cursos tecnológicos, tanto em matrículas quanto no número de concluintes, que cresceu mais de dez vezes. Os dados do bacharelado estão mais dentro da média de crescimento do período.

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Imagem: opensourcewway/Collen Simon

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