sábado, 15 de dezembro de 2012

Mídias na Educação - Relatos de pesquisa e formação
O computador no processo de ensino-aprendizagem


Sônia Regina da Silva Lopes*

Nossos sonhos não podem morrer, mas podem ser adiados como foi o meu.

Estudar numa universidade de excelência como a USP sempre fez parte de um sonho tão alto, que, por várias vezes, tive certeza de que seria impossível de ser concretizado.

Numa tarde, uma amiga me disse que um sorteio havia sido feito para contemplar algumas professoras a participarem de um curso gratuito de Especialização a Distância oferecido pela USP. Ela me passou o site, fiz minha inscrição e fui aceita no Curso de Mídias na Educação. Foi um curso muito sério e exigente que me proporcionou conhecimento sobre várias mídias. Durante os estudos, tornei-me mais observadora do meu ambiente escolar, procurando saber se a escola realmente proporcionava aos professores condições de uso das mídias; se os professores se interessavam em incrementar suas aulas usando as várias mídias.

Fiquei muito sugestionada a pesquisar sobre o uso do computador nas aulas de alfabetização. A partir do momento em que comecei a questionar o uso desta mídia e comecei a pesquisar para encontrar uma resposta, mergulhei no mundo da leitura, da observação, da troca de experiências e fui fazendo descobertas que me trouxeram duas percepções: a primeira foi enxergar que a realidade da minha escola em relação ao uso do computador na alfabetização é frustrante, e a segunda é que estar envolvida com a informação é fascinante porque dela vem a segurança que proporciona certa liberdade para argumentar e debater sobre o assunto em questão.

O conhecimento que obtive ao me iniciar na pesquisa, impulsionou-me a transformar meu ambiente de trabalho, compartilhando minha experiência com minhas colegas de trabalho para, juntas, melhorarmos as condições de uso do laboratório de informática para oferecer aos nossos alunos mais um recurso didático que os auxiliem na aquisição da leitura e da escrita.

Não vou parar por aqui, vou continuar a pesquisar, a conhecer e começar a fazer a diferença. Às vezes penso que é tarde, mas a oportunidade de aprimorar meus conhecimentos aconteceu agora e vou vivê-la intensamente. Pretendo ampliá-la e estudar cada vez mais.

É claro que experiência tão enriquecedora não aconteceu como mágica. Acredito que Deus coloca em nossas vidas as pessoas certas e capazes de nos ajudar, de nos apoiar em nossos desânimos, de nos orientar quando perdemos o foco de nossas pesquisas. Durante todo o curso de Mídias na Educação, estive em contato com o tutor Robson Braga que me orientou muito no início do curso, esclareceu minhas dúvidas e foi muito presente com várias devolutivas sobre minhas tarefas. Para auxiliar no desenvolvimento da minha pesquisa, ganhei de presente a Professora Doutora Roberta Brandalise, uma excelente orientadora que vai além da orientação do trabalho acadêmico, ela trabalha e resgata o ser humano em sua totalidade, que passa por momentos de fraqueza e quer desistir. Ela tenta fazer com que o orientando dê o máximo de si; é uma orientadora que valoriza tudo o que o seus orientandos produzem levantando a autoestima deles.

“Parabéns, Doutora! Que Deus a conserve essa pessoa maravilhosa, essa profissional tão competente que você é.”

Não poderia deixar de agradecer as contribuições do Mestrando Alexandre Araújo Bispo e do avaliador Paulo Roberto Masella Lopes que fizeram observações riquíssimas sobre minha pesquisa as quais me serão úteis ao longo da vida profissional.

Aproveitei muito toda essa experiência porque, pela realidade que vivo, nunca imaginei que um dia pudesse concretizar o sonho de conhecer pelo menos a estrutura física da USP, fazer parte do corpo discente e apresentar uma pesquisa, então? Foi realmente um sonho realizado!

Por isso, quero parabenizar a Universidade pela iniciativa de disponibilizar um curso gratuito e a distância, colaborando para a formação continuada dos profissionais da educação.


A autora da monografia (“O Uso do Computador no Processo Ensino-Aprendizagem dos 3º Anos da EMEF Jardim Guanabara-Ituverava, SP”), cujo relato é feito acima, deparou-se, em sua investigação, nas palavras de sua orientadora, a professora doutora Roberta Brandalise, com as deficiências da realidade escolar, “quanto à disponibilidade de computadores na sala de informática – em termos de quantidade de máquinas, tempo de acesso a elas e suporte adequado para sua utilização em aula. Assim, o trabalho dela acabou por suscitar reflexões sobre as dificuldades cotidianas experimentadas por professores e alunos na tentativa de desenvolver o processo de ensino e aprendizagem mediado pelo computador”. Nesse sentido, mostra-se o valor do trabalho, não apenas por identificar problemas, mas também ao pensar em como equacioná-los em prol do fim maior da escola: a aprendizagem.

Um comentário:

  1. Parabéns, Sonia, e Roberta!
    Esse deve ser nosso objetivo diário: não deixar que as dificuldades interrompam o nosso processo de aprendizagem e compartilhamento!

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