É [D. Pedro I] um personagem riquíssimo e que, espero, ainda vá inspirar muitos livros, filmes e peças de teatro. Pensando sobre ele, os autores e seus leitores são obrigadas a saber – e a refletir – um pouco mais sobre o Brasil e seus caminhos e descaminhos. Eu o acho fascinante em suas contradições e seus ideais. Seu dilema entre ser português e ser brasileiro. Sua atração pelas modernas ideias constitucionais e liberais que abraçou e os problemas que elas traziam para a plena realização de seu destino. Pois foi sempre um Bragança e nunca abriu mão das prerrogativas que considerava parte essenciais de seus direitos dinásticos. Do ponto de vista íntimo, havia suas paixões e emoções exaltadas que faziam contraste com os sentimentos afetivos mais delicados. Podia ser ao mesmo tempo simpático, jovial e familiar e hierárquico, autoritário e despótico. Violento e amoroso; patriota e cínico; generoso e avarento… tudo isto e mais alguma coisa foi Dom Pedro I.” |
Acima, um trecho da interessante entrevista da historiadora Isabel Lustosa, ao blog Livros Etc. O mote da conversa é a recente publicação do livro O Império é Você, do espanhol Javier Moro, que faz uma representação literária de Dom Pedro I.
No vídeo, também dica do blog mencionado, um curioso evento, envolvendo o coração (!) de D. Pedro I (ou, para os portugueses, D. Pedro IV).
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