Falando em internet, também muito interessante e recente é o artigo
“Internet nas escolas públicas: políticas além da política”, de Bernardo Sorj e Mauricio Lissovsky. O trabalho apresenta um estudo feito em em escolas do Rio de Janeiro sobre o uso da internet nas mesmas. O estudo é bastante informativo e tem conclusões interessantes, como no seguinte trecho:
A despeito, portanto, dos problemas estruturais, alguma incorporação [da informática na educação] está em curso. No entanto, não está claro o quanto ela ecorre da implementação de uma ou outra política, ou de um processo inercial ou, mesmo, “natural”. De fato, a pesquisa indica que quanto mais jovem é um professor, maior domínio tem das ferramentas básicas da informática, mais habilidades possui no manejo da internet e mais auxilia diretamente os alunos nas atividades que envolvem a informática. Essa tendência sugere que, deixada em seu curso “natural”, a apropriação destes recursos vai dar-se no ritmo – mais rápido ou mais lento – da sucessão geracional do corpo docente das escolas. Se considerarmos que a grande expansão do ensino público, no que diz respeito ao nível fundamental, já aconteceu (o perfil etário do professorado reflete isso), a tendência é que esta renovação do professorado aconteça lentamente, comprometendo a apropriação integral destes recursos no curto prazo.
A incorporação “real” da informática no processo pedagógico – isto é, aquela de fato acontece nas escolas do Rio de Janeiro – está claramente vinculada a ainda outro elemento, além do ingresso de professores mais jovens no corpo docente: a Internet.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário