terça-feira, 20 de maio de 2014

A produção literária para além dos eixos convencionais


Plataforma do Letramento

A literatura brasileira influenciou e influencia escritores ao redor do mundo. Do Romantismo de José de Alencar ao Regionalismo universal de Guimarães Rosa, a riqueza literária brasileira está preservada em bibliotecas, nas escolas e nos debates acadêmicos. Porém hoje se percebem manifestações literárias além desses espaços e instituições, articulando escritores, produtores culturais, entre outros agentes. Elas ocorrem nas ruas, nos bares, em espaços públicos espalhados pelo país, além dos ambientes em que as práticas de leitura e escrita costumam ser divulgadas.

A atuação do poeta Carlos Moreira é um exemplo concreto de articulação independente no intuito de promover a literatura regional. Nascido em João Pessoa (PB) e atual morador de Porto Velho (RO), Carlos organiza o Festival de Literatura da Amazônia (Flama), uma iniciativa do próprio poeta e de Marcos Aurélio Marques, seu amigo e parceiro. A proposta do festival é divulgar e fomentar a literatura da região. Com o slogan “A Amazônia está em toda parte”, a missão do festival, segundo Carlos, é criar pontes entre escritores de todo o país. Além disso, o Flama é uma tentativa de transformar a realidade de crianças e jovens locais, afirma Carlos. “Além de poeta, sou professor de Literatura e creio que as práticas letradas atuam positivamente na vida de cada pessoa.”

O poeta conta que seu interesse por literatura começou em casa, diante de estantes que abrigavam livros grossos. “Ninguém na família lia esses livros. Fui eu que, por curiosidade, comecei a ler. A minha fome de leitura se espalhou como um vírus: hoje todo mundo lê lá em casa. Meu pai quase não vê televisão, pois se dedica à leitura o tempo todo. É lindo de ver”, comenta Moreira.

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