terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pesquisador usa animações em 3D para ensinar química



Um estudo desenvolvido para a tese de doutorado do engenheiro elétrico Manuel Moreira Baptista resultou em um projeto que torna o ensino de química mais lúdico aos estudantes, facilitando a compreensão das reações entre elementos. O pesquisador criou animações em 3D que simulam o comportamento dos compostos químicos. A proposta está sendo tão bem aceita, que as 70 animações já produzidas geraram cerca de 1 milhão de visualizações no canal do YouTube, com acessos de 148 países, e mais de 360 mil downloads a partir do projeto.

“Não temos notícia de que exista outro estudo do gênero no mundo”, afirma o orientador do trabalho, o professor Pedro Faria dos Santos Filho, da Unicamp (universidade de Campinas). Santos diz que a chamada geração Y é mais imediatista do que as anteriores, tem o domínio de uma série de tecnologias e demonstra interesse por temas que possam estar diretamente relacionados à sua realidade e visão de mundo. “Ou seja, não dá mais para continuar ensinando como fazíamos no século passado. Se fizermos isso, o aluno sairá da sala ou dormirá na carteira”, diz Santos.

O trabalho de Manuel Moreira Baptista é pioneiro em comparação aos recursos pedagógicos disponíveis atualmente para o ensino da disciplina. Mesmo os digitais – até mesmo outras animações – são inadequados porque nem sempre estão de acordo com os conceitos científicos corretos. O mesmo vale para os materiais pedagógicos convencionais, como os livros, que podem até ser conceitualmente corretos, mas tendem a não conquistar os estudantes. “Se você sugerir que um aluno leia uma obra de 200 páginas para discuti-la uma semana depois, muito provavelmente ele sequer passará da capa”.

Continue lendo

Nenhum comentário:

Postar um comentário