sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Open Culture: O monge e o peixe



Certamente a revisão da indicação de blogs e sites de nosso blog incluirá o site Open Culture que, com o lema, de "The best free cultural & educational media on the web", de fato, divulga materiais, disponíveis on-line, muito interessantes.

Entre eles está o filme O monge e o peixe, acima. Uma interessante animação de Michael Dudok de Wit. O Open Culture inclui na postagem do filme um pequeno texto, que fala sobre a obra. A tradução desse texto pode ser lida a partir do "Leia Mais".



Neste encantador e elegante, em termos visuais, filme de 1994, o animador nascido na Holanda Michel Dudok de Wit conta a história de um monge de espírito único e um peixe bastante esquivo. Embora o cenário e os símbolos sejam cristãos, o desenvolvimento da história é essencialmente budista.

O Monge e o Peixe não é a história sobre a resolução de um conflito”, explicou Dudok de Wit em uma entrevista a Sarah Molinoff, em 2009, para a Oxonian Review. “É mais sobre a ascensão além do conflito, a elevação sobre a dualidade.” O monge não captura o peixe; ele e o peixe estão unidos. Dudok de Wit se inspirou nas Dez Pinturas Pastoreio do Boi, uma série de poemas zen e imagens do século XII chinês, que ilustram uma jornada de iluminação, por meio da história da luta de um boiadeiro com um touro rebelde. Ele disse:
A gênese do filme foi o final. Foi essa seqüência que eu queria criar, onde há uma serena união entre o monge e o peixe. O final por si só seria insípido, muito abstrato, para estimular a audiência, assim, eu precisava claramente ter uma progressão, para que se estabelecesse e se sentisse empatia pelo personagem. Em contraste com o final, no início o monge é obcecado, obcecado, obcecado, mas no final ele chega a uma resolução. De um modo sereno, não com um grande ato.

O artista morando em Londres pintou à mão cada quadro em tinta e aquarela. Como a história, o estilo visual foi inspirado no Extremo Oriente. “Os japoneses, em particular, e também os chineses e coreanos”, disse Dudok de Wit, “têm uma maneira de usar o espaço negativo, de não preenchimento do quadro, que é muito típico do Extremo Oriente e muito atípico no Ocidente. Nós podemos ser inspirados por essa forma, mas ela é profundamente da cultura deles – está em seus genes, talvez, e não tanto no nosso. Não é apenas sobre a pintura dos contornos, é também o espaço em torno da linha que é inspirador.”

Para a música, Dudok de Wit escolheu um clássico do cânone ocidental, La Folia, um tema tradicional, que foi muitas vezes adaptado ou citado por compositores como Bach, Vivaldi, Corelli, Händel e Liszt. O cineasta selecionou alguns de suas variações favoritas, principalmente a partir de Corelli e Vivaldi, e pediu ao compositor Serge Besset para ouvi-los e criar uma nova versão para o filme.

O Monge e o Peixe levou seis meses para ser feito, e foi indicado para os prêmios de melhor Curta-Metragem Animado da Academia e do British Academy Film Awards. Você vai encontrá-lo listado em nossa coleção de 450 Free Movies Online, junto com outros filmes curtos de Dudock Wit, Pai e Filha. Eles aparecem na Seção de Animação.

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