domingo, 26 de abril de 2009

Sobre a efemeridade das mídias

Mesmo tendo gravado em meu computador todo o 'Quixote', não o poderia ler à luz de uma vela, em uma rede, em um barco, na banheira, enquanto um livro me permite fazê-lo nas piores condições. E se o computador ou o e-book caírem do quinto andar estarei matematicamente seguro de que perdi tudo, enquanto se cair um livro no máximo se desencadernará completamente.

Os suportes modernos parecem criados mais para a difusão da informação do que para sua conservação. O livro, por sua vez, foi o principal instrumento da difusão (pense no papel que desempenhou a Bíblia impressa na Reforma protestante), mas ao mesmo tempo também da conservação.”
Trecho de reflexão de Umberto Eco, publicada no The New York Times (íntegra aqui), sobre o livro e os suportes modernos da informação.

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