Arte em destaque São João Bastista Reclinado (1610) - Caravaggio

“Acredita-se ser esta a sua última pintura, 'São João Bastista Reclinado' de Caravaggio é pouco conhecida em comparação com suas outras peças. Isto é devido a disputas que surgiram depois da morte de Caravaggio sobre a atribuição da peça como uma obra do grande mestre. A pintura foi descoberta na Argentina; está agora em uma coleção privada em Munique. As razões para pensar que poderia ser feita por Caravaggio, além do estilo e no assunto, são as seguintes: em julho de 1610, após a notícia da morte de Caravaggio, o bispo de Caserta escreveu ao cardeal Scipione Borghese que três pinturas do artista estavam no palácio de Nápoles da Marcheza de Caravaggio. Eles eram dois São Joãos e uma Madalena. As pinturas haviam sido destinadas para Borghese e ele instruiu a Marqueza para cuidar delas por ele. Infelizmente para Borghese eles foram apreendidos dois dias mais tarde pelo chefe dos Cavaleiros de Malta, em Nápoles, com o fundamento de que Caravaggio era um cavaleiro da Ordem e todas as suas posses eram dos cavaleiros - o que todos os envolvidos sabiam ser falso, uma vez que Caravaggio tinha sido expulso da Ordem em 1608. O vice-rei espanhol recém-chegado de Nápoles tinha ouvido falar do assunto, mas, acreditando que as pinturas estavam em Porto Ercole, escreveu para o chefe da guarnição espanhola lá, dizendo-lhe que os cavaleiros não tinham direito a elas e que elas deveriam ser devolvidas ao vice-rei 'em particular a pintura de João Batista'. Não há conhecimento preciso do que aconteceu com as várias pinturas após esse ponto. O cardeal Borghese obteve o 'Jovem com um carneiro', porém mais de um ano depois. As outras duas pinturas - a Madalena e a segundo Batista - desapareceram, mas é possível, embora não comprovado, que o vice-rei possa ter conseguido capturar o outro Batista. Ele presumivelmente teria levado de volta para a Espanha, e de lá ele poderia ter feito o seu caminho para a América do Sul. Tudo isso, porém, é especulação - precisa ser salientado que ninguém sabe a identidade exata dos quadros envolvidos.”

Via: WikiArt.